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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Confissões (livros X, XI, XII e XIII) - Santo Agostinho

Livro X
Santo Agostinho expõe o desejo de conhecer a Deus, assim como este conhece todos os homens, seus atos e pensamentos mais íntimos. Desejo de que suas confissões possam despertar em seus irmãos o mesmo desejo de conversão que a palavra de divina o causou, assim Santo Agostinho ama a Deus acima de todas as coisas.
Agostinho fala da importância da memória para a inteligência humana, onde as idéias permanecem trazidas pela percepção dos sentidos. Para ele a alegria é encontrada na memória e assim só encontramos a verdadeira felicidade em Deus. Quando o homem encontra-se completamente unido a seu criador não mais sente cansaço ou qualquer outra fraqueza ou tentação a qual a carne está sujeita. O melhor prazer está no louvor a Deus, no seu amor ou no amor ao próximo. Estes ensinamentos nos foram passados pelo verdadeiro mediador de nosso Senhor: Jesus Cristo.

Livro XI
Deus que é eterno, tudo vê e tudo sabe, conhece o homem e seus atos, antes mesmo que sejam praticados. Quando se confessa ao Pai, o homem espera a sua misericórdia. Em prece Agostinho pede a misericórdia Divina e seu auxílio para levar a seus irmãos a palavra das escrituras. Pede também sabedoria para compreender os Livros Sagrados. Pergunta-se como Deus criou o céu, a terra, o universo, pois antes não existia nada, nem a matéria da qual poderia ter criado. Cita ainda que Deus dirige-se aos homens através do Evangelho, para que nele creiam.
Tudo que existe foi criado pela vontade Divina que é eterna. Santo Agostinho chega à conclusão de que o tempo foi criado por Deus junto com a criação dos céus e da Terra, portanto não faz sentido a pergunta sobre o que fazia Deus antes que iniciasse a criação. Tenta definir o presente, passado e futuro. Como pode existir o passado e o futuro, uma vez que o passado é o tempo decorrido e o futuro ainda não aconteceu? E o presente se existir sempre, tornar-se-á eternidade e não mais tempo.

Livro XII
Santo Agostinho faz uma distinção entre o céu do céu, que é do Senhor e o céu da Terra que este entregou a seus filhos. A Terra que era, no início, um profundo abismo, onde não havia luz, matéria informe, que recebeu forma do Criador, onde antes era nada absoluto. Para Agostinho essa matéria provém de Deus, mas deixa clara a distinção entre essa mesma matéria e a substância da qual veio o seu Filho unigênito.
 Agostinho explica o sentido do céu e da Terra, contido no livro do Gênesis. Ele diz que céu e Terra eram no princípio matérias imperfeitas, desordenadas, inacabadas que ainda necessitavam da distinção de suas formas e qualidades.
Fala dos ensinamentos de Moisés, grande seguidor da fé divina, tenta entender o verdadeiro significado das palavras deste. Referindo-se ao princípio poderia entender o começo da criação e por céu e terra apenas uma forma imperfeita.
Dá ainda outras interpretações para o Livro do Gênesis. E diante de interpretações diversas, faz uma exortação pedindo que reine a concórdia entre os homens.

Livro XIII
Agostinho invoca Deus, no desejo de receber em sua alma o Criador. Reconhece agora que o Senhor falava com ele por diversos modos até que chegasse o dia de sua conversão. Fala sobre a criação das coisas espirituais e corporais, e se pergunta que merecimento poderiam ter o céu e a Terra para que Deus os criasse. Ainda fala de que quando Deus criou a luz quis que ela se aplicasse às coisas espirituais.
Por fim, Santo Agostinho se pergunta sobre o mistério da Santíssima Trindade sendo que nela está o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por mais que os homens debatam e discutam sobre esse mistério são incapazes de compreender claramente essa unidade trina. De todas as suas criaturas Deus fez o homem à sua imagem e semelhança afim de que este renove-se e torne-se espiritual, tomado pela capacidade de julgar, de saber distinguir o certo e o errado.

Fonte: SANTO AGOSTINHO. As Confissões. 2ª ed. São Paulo: Edições Paulinas, 1986.

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